Notícia: Os 4 estados da Região Sudeste são presenças confirmadas no 59º Festival do Folclore de Olímpia

Os 4 estados da Região Sudeste são presenças confirmadas no 59º Festival do Folclore de Olímpia

Concluindo a viagem por todos os cantos do Brasil, o 59º Festival do Folclore de Olímpia recebe de sua região anfitriã, a Sudeste, o maior número de manifestações folclóricas e grupos de dança que se apresentarão no FEFOL, de 05 a 13 de agosto de 2023.

Os quatro estados da região, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, estarão na Capital Nacional do Folclore, com representantes da cultura local. Ao todo, serão 10 grupos folclóricos e uma apresentação especial inédita, no encerramento do festival.

Rio de Janeiro

Entre os grupos visitantes, Olímpia receberá pela primeira vez a Folia de Reis Nova Estrela do Oriente, vinda de Miracema, no Rio de Janeiro. A Cia foi criada em 1990 pelo mestre Jorge Barcelos, dando continuidade ao legado da Folia Estrela do Oriente do saudoso Mestre Geraldo Finamor, grupo este que preserva as tradições da Folia de Reis, sua crença, cantigas, toadas, danças, e versos, sempre com muita alegria e uma energia muita boa que encanta a todos por onde passa. Hoje, o grupo é comandado pelo jovem mestre Rafael Finamor, neto de Mestre Geraldo.

Versos cantados pelos repentistas revelam uma tradição portuguesa de reverenciar o Menino Deus, com a regionalidade e particularidades do Rio de Janeiro. Assim, a presença da Folia de Reis carioca será uma oportunidade para trocar experiências com as folias tradicionais de Olímpia e região, mostrando as diferentes culturas do Brasil.

Homens vestidos de branco, com detalhes em amarelo e chapéus com detalhes em vermelho, compõem uma banda que toca em um palco também branco.
Folia de Reis Nova Estrela do Oriente.

Também do Rio de Janeiro, virá o Grupo Folclórico Mineiro Pau e Boi Pintadinho, de Santo Antônio de Pádua – RJ. Com a tradição passada de geração em geração, o grupo busca preservar o legado familiar com apresentações culturais, narrativas e dança folclórica, cantigas ao vivo e personagens do saber popular e da cultura tradicional de Santo Antônio de Pádua, cidade a 250 km da capital, que conta com a influência de diversos povos em sua formação.

A dança é feita em pares soltos envolvendo homens, adultos e crianças, sempre em número par, que, com um ou dois bastões, com os quais fazem a marcação dos tempos do compasso musical, executam complicada coreografia. Enquanto as mulheres cantam, os homens batem os bastões de madeira. O acompanhamento musical é feito por instrumentos de percussão. Suas encenações folclóricas são apresentadas com o Boi, a Mulinha, a Boneca e o Jaguará. Esses personagens vão sempre à frente dos dançadores para abrir a praça para o povo.

Pessoas dançando sobre um palco escuro. A iluminação é em tons de vermelho.
Grupo Folclórico Mineiro Pau e Boi Pintadinho, de Santo Antônio de Pádua – RJ.

Espírito Santo

O 59º FEFOL receberá, mais uma vez, a tradicional Banda de Congo Beatos de São Benedito, de Vila Velha - ES, que este ano, completa 24 anos. O grupo integra a ACERBES – Associação Cultural Esportiva Recreativa Beatos do Espírito Santo, que atua na salvaguarda dos bens imateriais culturais capixaba através de suas ações, trabalhando a cultura popular, o esporte e o lazer nas comunidades.

A banda é fruto de um projeto iniciado em 1999, pelo Mestre Naio, que busca o resgate de tradições locais, divulgação da cultura, qualidade de vida e inclusão social, quantificando melhoras posturais, motoras, rítmicas e sociais em pessoas com deficiência. O objetivo do grupo é a preservação e divulgação do Congo, manifestação cultural capixaba, originária dos índios mutuns e botocudos, com forte influência afro.

Minas Gerais

O congo de raiz mineira também estará presente no FEFOL 2023. O festival receberá mais uma vez o Terno de Congo Catupé Unidos de Santa Efigênia, de Itamogi – MG, grupo folclórico que leva sua tradição para todo o Brasil e já abrilhantou edições anteriores do festival de Olímpia.

Pessoas dançam sobre um palco. Elas usam chapéus. Ao fundo, a palavra "folclore".
Terno de Congo Catupé Unidos de Santa Efigênia, de Itamogi – MG.

São Paulo

Do Estado de São Paulo, o FEFOL contará com a presença dos grupos tradicionais que são visitantes das edições há décadas. Entre eles, o Fandango de Tamanco Cuitelo, de Ribeirão Grande, que encanta com a dança sapateada e palmeada ao som de violas e gaitas, com traços da cultura caipira. 

Pessoas dançam no palco. Todas usam camisas xadrez e chapéus de palha.
Fandango de Tamanco Cuitelo, de Ribeirão Grande - SP.

A Associação Folclórica Reisado Sergipano e Bumba Meu Boi de Guarujá possui o grupo de Reisado autêntico do Estado de Sergipe, trazido na década de 60 pelo saudoso Mestre Zacarias, apresentando a tradição da cultura popular brasileira de forma despojada.

Pessoas dançando em um palco com iluminação colorida.
Associação Folclórica Reisado Sergipano e Bumba Meu Boi de Guarujá - SP.

O Samba Lenço, de Mauá, reconhecido como patrimônio imaterial do Estado de São Paulo, expressa a manifestação de origem afro-brasileira que se desenvolveu na época da escravidão nas zonas rurais paulistas. Fundada em meados de 1930, pelas famílias Paiva e Custódio, a Congada Terno de Sainha Irmãos Paiva, de Santo Antônio da Alegria, também retorna a Olímpia, com a manifestação de influência africana. 

O festival receberá também o tradicional Cordão Folclórico dos Bichos Tatuienses, de Tatuí, que tem quase 100 anos de história e é considerado bem cultural da cidade por sua importância histórica para a tradição local, além da Congada Três Colinas, de Franca, que faz parte da Associação Folclórica Tradição Cultura Popular de Franca, reconhecida como Ponto de Cultura, que há décadas busca manter e fortalecer a cultura raiz de seu povo.

Pessoas usam fantasias que remetem a animais. Uma é bumba-meu-boi. Outra parece uma ema.
Cordão Folclórico dos Bichos Tatuienses, de Tatuí - SP.

Ainda de São Paulo, contemplando os grupos visitantes, o FEFOL terá em seu encerramento a participação especial da Escola de Samba Mocidade Independente da Zona Leste, da capital. Com mais de 45 anos de história, a agremiação levou para o seu desfile, na avenida, um samba-enredo que teve como tema “Viva o Folclore Brasileiro”, sendo a principal inspiração uma homenagem a Olímpia, Capital Nacional do Folclore, com alas em referência ao FEFOL e ao folclore brasileiro. Pela primeira vez, o palco do Festival do Folclore abre espaço para uma apresentação especial de homenagem, que fechará a programação de 2023 como um presente para todo o público.

59º FEFOL terá ainda a participação de 14 grupos de Olímpia, como anfitriões da festa, sendo 11 folclóricos e 3 parafolclóricos. São eles: Terno de Moçambique “São Benedito”, Companhia de Reis “Magos do Oriente”, Cia de Santos Reis “Os Mensageiros da Paz”, Cia de Santos Reis “Estrela da Guia”, Cia de Santos Reis “Lapinha de Belém”, Cia de Santos Reis “Os Visitantes de Belém”, Cia de Santos Reis “Os Viajantes de Belém”, Cia de Santos Reis “Filhos de Maria”, Terno de Congada Chapéu de Fitas, Cia de Santos Reis “Fernandes”, Grupo Folclórico de Danças Afro Brasileiras e Capoeira, Associação Cultural Anástasis, Grupo Olimpiense de Danças Parafolclóricas Cidade Menina Moça GODAP, e Grupo Parafolclórico Frutos da Terra.

Um carro alegórico de escola de samba com a palavra "Mocidade" escrita nele. Violões e adereços coloridos também fazem parte do veículo.
O encerramento ficou a cargo da Escola de Samba Mocidade Independente da Zona Leste, da capital paulista.

O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio do projeto do Governo do Estado - ProAC, via Grupo Tereos, da Associação Olímpia para Todos, apoio institucional da TV Tem e do Portal temmais.com e patrocínio de empresas olimpienses.