Notícia: Projetos vencedores da 19ª edição do Geração Futura Belém chegam ao Globoplay e Canal Futura

Projetos vencedores da 19ª edição do Geração Futura Belém chegam ao Globoplay e Canal Futura

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Com foco em incentivar a reflexão sobre questões socioambientais, quatro curtas produzidos por jovens paraenses foram selecionados entre 56 inscritos e já estão disponíveis para o público

Quatro jovens posam sorridentes diante de um painel colorido com a identidade visual da Casa Futura. Eles vestem camisetas azuis com o mesmo símbolo gráfico, usam crachás de identificação e estão lado a lado, com braços apoiados nos ombros uns dos outros, demonstrando proximidade e espírito de equipe. Ao fundo, aparecem os logotipos institucionais e a frase “Casa Futura”, em letras estilizadas e multicoloridas.
Jovens participantes do Geração Futura Belém

O Canal Futura lançou, no Globoplay e em sua grade de programação, os curtas-metragens vencedores da 19ª edição do Geração Futura, realizada pela primeira vez em Belém do Pará. Produzidas por jovens universitários da região, as obras são resultado de um processo de formação audiovisual que incluiu oficinas presenciais, aulas práticas e acompanhamento remoto de profissionais do Futura. Os vencedores foram os curtas 'Vozes do Clima', 'O Futuro Mora nas Baixadas', 'Nós na Tela' e 'Ecotijolos: Um Movimento Vivo'. Todas as produções já estão disponíveis no Globoplay.

Realizada em um contexto marcado pela realização da COP30 em Belém no mês passado, a nova edição do Geração Futura teve como foco incentivar a reflexão sobre questões socioambientais a partir do audiovisual. A iniciativa do Canal Futura busca apresentar, na prática, as etapas de criação de um produto audiovisual, desde o roteiro até a edição, passando pela produção, gravação e exibição, fortalecendo o olhar crítico e autoral dos participantes.

Segundo o líder de projetos do Canal Futura, André Libonati, a edição realizada em Belém marca um passo importante na trajetória do Geração Futura. “Já era um desejo antigo nosso fazer um Geração Futura itinerante, e essa foi a primeira vez que realizamos uma edição fora do Rio. Quando focamos em uma cidade, conseguimos colocar a realidade desse território em evidência”.

Libonati destaca, também, o impacto do projeto na formação dos participantes. “Ao longo dos anos, vejo como o Geração Futura funciona como um impulsionador de carreira. Muitos jovens saem da experiência mais seguros, enxergando novos caminhos no audiovisual, e isso acaba gerando efeitos positivos na trajetória profissional deles”.

Um grupo de jovens usa camisetas azuis e crachás de identificação enquanto interage de forma descontraída em um espaço urbano. Eles sorriem, acenam para a câmera e um dos integrantes registra o momento com um celular acoplado a um estabilizador, sugerindo a produção de conteúdo ou a cobertura de um evento.
No Geração Futura, os jovens vivenciam todas as etapas da produção audiovisual.

O projeto Vozes do Clima, dirigido por Evelyn Ludovina, de 21 anos, aborda os impactos da COP30 no cotidiano dos moradores de Belém. A cineasta relata como a experiência no Geração Futura influenciou nas escolhas criativas e na construção narrativa do curta. “A participação me ajudou a ter uma visão mais profissional do audiovisual e da parte técnica das produções. Experimentamos muito a parte de luz e sombra, ângulos de câmera e edição”, compartilha.

Sobre o filme, Evelyn destaca a intenção de provocar uma reflexão mais aprofundada sobre o território amazônico. “Espero que as pessoas comecem a ver a Amazônia a partir de um olhar mais crítico. A COP em si foi o maior evento que a cidade já recebeu, e, com ela, vieram obras que beneficiaram a população, mas muitas pessoas não se sentiram representadas. Busquei trazer esse olhar e espero que as vozes do documentário sejam ecoadas por todo o território nacional”.

Já Ivaneza Sousa, de 22 anos, diretora de fotografia do curta Nós na Tela, relata como o trabalho coletivo e as experiências formativas foram determinantes para o processo criativo do filme. “Meu grupo foi composto por cinco pessoas, e a gente escolheu fazer de tudo um pouco, sempre se ajudando. Foi a primeira vez que gravei com uma câmera, então, as oficinas sobre fotografia foram muito importantes, porque durante as aulas a gente praticou diversas vezes pelos espaços da Casa Futura, com diferentes equipamentos de filmagem e fotografia, coisas que eu nunca tinha usado. Foi uma experiência incrível”, afirma.

O curta acompanha uma cineasta amazônida que transforma o audiovisual em instrumento de resistência ao levar o cinema às periferias e comunidades da Amazônia, ecoando vozes e pautas climáticas. Ivaneza relata a expectativa de recepção do público. “Acredito que ao assistir nosso documentário as pessoas irão perceber a força de uma produção audiovisual feita por pessoas da Amazônia, e como usar o poder do audiovisual para fazer denúncias, mostrar a riqueza das tradições e dar visibilidade às comunidades”.

Realizado pela Fundação Roberto Marinho, o Geração Futura integra uma tradição de mais de duas décadas de promoção da educação audiovisual participativa, e esta edição representa um marco histórico por sua territorialização na Amazônia. Os curtas, agora disponibilizados no Globoplay, ampliam o alcance das narrativas produzidas na região e fortalecem o diálogo entre juventudes e comunicação.

Este projeto faz parte do Plano Plurianual do Canal Futura, viabilizado pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), por meio da Lei Rouanet - Incentivo a Projetos Culturais, apresentado pelo Ministério da Cultura, com patrocínio da IBM e Itaú, e parceria local com a TV Liberal.